sábado, 14 de outubro de 2006

Na Cama, Onde Se Come A Carne.

Estava sentado à minha mesa de trabalho quando ela se aproximou com um documento à mão para me pedir uma explicação, ao chegar perto de mim ela se inclinou, tocou o seu seio no meu ombro e o deixou ali, enquanto conversava...
Por causa do toque minha visão e audição imediatamente distorceram, minimizaram e, por fim, pifaram, apesar das minhas tentativas de fazê-las voltarem a funcionar e restabelecerem o contato com a realidade.
Eu estava refém de um seio, grande, macio e quente como uma brasa que queimava meu braço e avermelhava meu rosto, me deixava incomunicável e cego. As tentativas corporais de enrijecimento da atenção não deram em nada, pelo visto funcionaram, mas em outra parte do meu corpo que não no cérebro, e o seio continuava, maliciosamente, a ser esfregado no meu ombro como que comandado pelo sorriso enigmático de sua dona.
Como eu não enxergava o documento e nem ouvia mais nada que ela dizia, me rendi ao surto erótico que fui tomado e desisti de contatar a realidade, me entreguei, lânguidamente, aquele toque erótico que me colocava em nuvens de desejos calientes.
Desperta o rádio relógio ao som de "Moonlight Serenade", o mostrador dele, um carrasco de personalidade sádica aponta 5h e 45min da manhã.
Eu desperto com a sensação de que será um dia de trabalho interessante, principalmente quando eu não puder mais contatar com a realidade...

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