segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

A Música e Eu.

Gosto de música, ouço diariamente e, agora, tenho me perguntado o porque dessa relação diária e intensa com ela.
Quando pequeno toquei na Banda Marcial do meu colégio, entrei como mascote com nove anos de idade, depois passei a tocar taról, um tipo de tambor. Participei da Banda Marcial durante toda a minha vida escolar.
Desde criança ouço música no rádio, tinha uns seis anos de idade quando comecei a ouvir, no princípio eram estações em AM com som limitado e abafado, depois vieram as estações de FM com um som melhor, mais límpido. Agora a música está no computador e no tocador de mp3.
Hoje me comparo aos demais da minha idade e vejo que poucos amigos e conhecidos se dedicam a ouvir música de forma regular como eu.
Quando ouço música imediatamente faço uma conexão íntima com meus sentimentos, dependendo da música os meus sentimentos permutam entre extremos. A música age como um chave que abre meus sentimentos e permite que eu tome contato com eles.
Meu gosto musical é bem variado: MPB, pop e rock nacional e internacional, música eletrônica e algumas belas canções orquestradas, a maioria velharias do meu tempo de adolescente e jovem.
Recentemente tenho sentido vontade de trabalhar com música, não sei de que forma e nem com quem, é mais uma sensação vaga do que um desejo construído. Vou ver no que isso vai dar.
Uma bela canção que reflete o que sinto e minha relação com a música é "Music Was My First Love" de John Miles, cuja letra está abaixo.


"Music was my first love
and it will be my last.
Music of the future
and music of the past.
To live without my music
would be impossible to do.
In this world of troubles,
my music pulls me through.

Music was my first love
and it will be last.
Music of the future
and music of the past
and music of the past
and music of the past.

Music was my first love
and it will be my last.
Music of the future
and music of the past.
To live without my music
would be impossible to do.
In this world of troubles,
my music pulls me through".

Não Entendi.

Eu falo, falo, e a pessoa entende só uma parte do que falei. Já aconteceu isso com você? Pois comigo acontece com freqüência.
Por mais que eu me esforce em explicar detalhadamente uma idéia dando ênfase ao mais importante, a pessoa não entende. Destaco o que há de mais importante na idéia com um tom de voz diferente, mas em vão, ela só ouve e entende aquilo que ela quer ouvir ou entender, parece ter ouvidos seletivos. E torno a repetir a idéia de outra forma, com outra entonação, usando uma linguagem mais acessível, mais próxima do popular, quase chula, e ela ainda me olha com olhos incrédulos e duvidosos. Eu canso, deixo o não entendido pelo não entendido e desisto.
Dá trabalho ser entendido, e mais ainda para quem, como eu, exige de si mesmo ser entendido claramente do início ao fim.
Se você leu até aqui é porque entendeu. Obrigado pela visita, nos entendamos sempre.

O Mesmo Ano.

Acabou esse ano, logo mais começa outro, sem pedir licença, sem perguntar se gostamos ou não do que se vai e se queremos trocar pelo novo.
Eu sou indiferente às mudanças de ano, não é o calendário que vai fazer a minha vida mudar. Acredito que eu e a minha postura diante da vida é que podem ter influência direta na minha vida e no rumo que ela irá. Não tomo decisões na mudança de ano que não sejam decisões já amadurecidas em mim e respaldadas pela minha convicção.
O ano de 2007 foi um ano razoável, bem melhor que 2006, este, um ano para eu esquecer. Em 2007 pude retomar a serenidade da minha vida e estabelecer uma base financeira para que eu e minha família nos mantivéssemos. Conheci algumas pessoas, aprofundei a relação com outras e nesse ponto de vista 2007 foi bom, também. O trabalho me exigiu bastante e fez com que o ano passasse aparentemente muito mais rápido que os anteriores. Cheguei ao final do ano mais cansado e sem férias, estou aproveitando os feriados de final de ano para descansar, depois, só no Carnaval.
Não vejo 2008 diferente de 2007 até o momento, pretendo tocar a minha vida com tranquilidade, me equilibrando entre as dificuldades que surgirão, pois são inevitáveis. Com saúde, amor e uns trocados no bolso vai dar para encarar esse 2008.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Penso, Logo Canso.

Estou querendo dar férias para a minha cabeça, estou cansado de pensar, é o dia todo e até dormindo. Chega.
Quero assistir a um filme, ouvir uma música, ir para o meio do mato, não pensar em nada e evitar os pensamentos redundantes dos quais estou cansado. É muita elocubração, achismo, dedução, "será que" e outros pensamentos estereotipados que já me cansaram. Não chego a lugar nenhum com eles, é um lixo mental que fica ocupando espaço e tempo na cabeça. Não quero pensar "até quando o carnaval chegar".
Vou pedir isso ao Bom Velhinho, quem sabe ganho? Tenho me comportado bem este ano.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Acredito Em Papai Noel.

Eu acredito, não no Bom Velhinho, nas renas, no saco cheio de presentes, mas acredito no que o Papai Noel simboliza: a esperança, possibilidade de um dia melhor, a fantasia, o sonho, a chance de uma vida melhor e um mundo menos injusto.
Não sou religioso e separo o significado do Natal que escrevi acima do valor católico que ele possui.
Não acredito em vida sem o sonho, a fantasia e a esperança. É tempo de sonhar, de acreditar que podemos ter um futuro ainda melhor do que temos. Tempo de transmitir aos pequenos que a fantasia é boa, mas não viver nela, deixar em um cantinho da nossa alma um lembrete de que a vida não é só a dureza do dia-a-dia, a morte, a fome, as dívidas e a maldade.
Sigo acreditando em Papai Noel.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Selada Com Um Beijo.

Hoje uma forma rápida e fácil de se comunicar é via e-mail. No passado era mais comum a carta.
O e-mail viaja para qualquer lugar do mundo onde a outra pessoa estiver, chega quase instantaneamente e tem seu custo irrisório. Mas há uma diferença substancial e eu me dava conta da diferença enquanto ouvia a antiga canção "Sealed With a Kiss" interpretada por Bobby Vinton.
Eu tentei substituir na letra da música a palavra "letter" por "e-mail", só que não funcionou, o e-mail não pode ser selado com um beijo, não pode ter um anexo que exale o perfume que pode ser adicionado ao papel da carta, não se vê a letra da outra pessoa e o significado único que ela tem. E-mails são modernos, rápidos e práticos, mas, diferente das cartas, são frios por mais afetuosas que sejam as palavras nele contidas e não dá para segurar um e-mail nas mãos, mesmo que impresso, ver a marca dos lábios de quem a gente ama e sentir o seu cheiro.
Pelo menos por enquanto.


Bobby Vinton - Sealed With A Kiss

Though we gotta say goodbye for the summer
Baby, I promise you this
I'll send you all my love
Every day in a letter
Sealed with a kiss

Yes, it's gonna be a cold lonely summer
But I'll fill the emptiness
I'll send you all my dreams
Every day in a letter
Sealed with a kiss

I'll see you in the sunlight
I'll hear your voice everywhere
I'll run to tenderly hold you
But baby, you won't be there

I don't wanna say goodbye for the summer
Knowing the love we'll miss
So let us make a pledge
To meet in September And seal it with a kiss

Yes, it's gonna be a cold lonely summer
But I'll fill the emptiness
I'll send you all my love
Every day in a letter
Sealed with a kiss
Sealed with a kiss
Sealed with a kiss.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Francamente: Um Defeito.

Por vezes encontro pessoas que dizem que uma de suas qualidades é a franqueza. Essa afirmação na maioria das vezes não corresponde à verdade. Não que as pessoas estejam mentindo, elas são francas, sim, francas demais ou francas da maneira errada.
Quando penso em franqueza, penso em pessoa que emite a sua opinião de forma clara, seja a favor ou contra alguém ou alguma coisa, porém não é uma questão simples assim ser franco. Se alguém emite a sua opinião de uma forma grosseira, apressada, parcial, para a pessoa errada, no momento errado ou em num tom de voz alterado a franqueza deixa rapidamente de ser uma qualidade para se tornar um sutil e sensível defeito, uma agressão ligada à falta de educação.
Franqueza não pode ser confundida com grosseria, para ser franco alguém tem que ter sensibilidade para que use essa sua característica como uma qualidade. É um terreno crítico, quando não colocamos as palavras com brandura agredimos o outro mesmo que estejamos pensando em ajudar nós atrapalhamos, constrangimos e fazemos mal a quem gostamos.
Desculpa a franqueza.