domingo, 27 de julho de 2008

Sinais Virtuais De Namoro.

Tenho algumas amigas virtuais no Orkut e é interessante observar alguns sinais característicos de que elas estão namorando ou terminaram o namoro.
Quando iniciam o namoro, o óbvio: acrescentam a palavra "namorando" no perfil, quando antes constava solteiro ou nada constasse, depois é comum elas passarem a freqüentar o Orkut mais assiduamente principalmente se o namorado também participa e costuma deixar recados a ela. Outra mudança comum é colocar uma foto dos dois no perfil ao invés de uma foto só sua e bloquear o acesso a fotos a não-amigos, publicar textos sentimentais no perfil, poesia, até. Quando solteiras recebo um ou outro recado delas, quando namoram somem, nem um recadinho de "bom final de semana", tá certo, sou casado, não insinuei que elas escrevem por um interesse escuso e não tenho nada com isso, mas acontece.
Se chega o final de namoro ocorre o inverso, retornam os recados a mim, fotos liberadas, some o "namorando" e uma foto só dela do perfil, textos mais secos no "Quem sou eu", alguns com palavras rancorosas ou secas. E assim prossigo vendo as amigas virtuais irem e virem, até que encontrem alguém com o qual estabeleçam uma relação mais estável, forte e duradoura.
E bom final de semana a você.

sábado, 19 de julho de 2008

Caravelli - 1974.

Quando eu tinha uns 7 anos de idade ganhei de Natal um gravador cassete, logo depois ganhei uma fita gravada por um amigo de meu pai com músicas orquestradas, para um guri de 7 anos ainda sem gosto musical definido as músicas da fita soaram agradáveis, escutei muito aquela fita junto com outras que ganhei com o passar do tempo, depois acabei me desinteressando e a fita se perdeu por aí.
No domingo passado fui me deitar e liguei o rádio relógio na rádio local que mais gosto, a Guaíba FM, no domingo à noite a rádio sempre destaca uma grande orquestra ou intérprete e, para a minha surpresa, comecei a escutar as músicas da minha primeira fita, aquela que ganhei com 7 anos de idade na exata seqüência de músicas que eu tinha na fita. Na hora me lembrei de músicas que há mais de 35 anos eu não ouvia, para minha surpresa lembrei de nota por nota, letra por letra das canções e cantarolei junto, identifiquei a orquestra, era a de Caravelli e, no outro dia pesquisei na Internet para ver se achava algumas das músicas em .mp3 para baixar. O intérprete não é muito conhecido e há pouco material dele disponível na rede para baixar, infelizmente não encontrei ainda o álbum que eu tinha em fita, mas meu Emule está de plantão para baixar o que for possível e ando varrendo a rede em busca de blogs e fóruns que possam disponibilizar o álbum para download, é uma questão sentimental pois as músicas não são tão boas assim.
Me deu uma baita saudade da infância ao ouvir de novo a velha fitinha, agora com som de CD remasterizado.

Eu Não Bebo, Sim, Estou Vivendo.

Muito se fala na tal de lei seca que pune com prisão quem for flagrado na direção mesmo tendo bebido pouco.
Eu não bebo e sou a favor da lei, mas deixa eu explicar, não sou daqueles chatos que vivem dando discurso contra a bebida, eu não gosto do gosto dela e dos seus efeitos, também não gosto de quem bebe e muda a sua personalidade, uns se tornam chatos falando o tempo todo sobre os mesmos ou sobre o mesmo assunto, tipo:
-Sabe que eu fiquei com a fulana? Frase que é repetida umas 300 vezes durante uma festa, não há saco que agüente, e tem o outro tipo de bêbado que vira valentão e implica até com um aceno de despedida interpretando ele como um gesto hostil. Eu tolero os bêbados, mas prefiro os sóbrios.
Os bebuns não devem gostar de mim como companhia, como diz o Millôr: "Quando entre algumas pessoas um não bebe logo ele começa a se tornar inconveniente", ahahaha. Não implico com os bebuns, mas é claro que acabo ficando deslocado em uma festa onde todos bebem.
Essa nova lei talvez tenha a iluminação de mostrar às pessoas que dá para se divertir e fazer festa sem bebida e que assim a festa pode ser até mais curtida sem que todos estejam ali de corpo, mas, de fato, sendo outra pessoa que a gente não reconhece por causa da bebida. Festa é confraternização, conversa, flerte para quem pode e ninguém gosta de conversar, paquerar, com alguém que no outro dia se tornará diferente e que pode nem se lembrar da festa do dia anterior.
A lei veio porque a educação e a fiscalização falharam e está sendo saudada como a responsável pala poupança de muitas vidas e desobstrução de leitos hospitalares.
Espero que as festas daqui para a frente se tornem reunião de pessoas mais autênticas e as relações que dali surjam sejam mais sólidas.

Jack, O Escapulidor.

Num dia desses da semana que termina cheguei em casa e havia um clima de guerra, madame e Belle de um lado, Maurício de outro, a questão: uma amiguinha da Belle sairia de férias e pediu que hospedássemos o Jack, o cãozinho dela, um poodle toy pequenininho, durante a viagem. Há alguns anos a Belle queria ter um cãozinho e eu vetei a idéia, gosto de cães, mas eles na casa dos amigos, de preferência no pátio para a gente brincar com eles de vez em quando, mas considerando o pedido e o fato de que a amiguinha da Belle já ter quebrado uns galhos para nós, resolvi deixar que o Jack passasse uns dias conosco, apesar do Maurício protestar veementemente.
Na primeira noite decidimos que ele passaria restrito à dependência de empregada que está só com umas bugigangas, à área de serviço e à cozinha, lá ficou a caminha dele, os brinquedos, a água e a ração. Não deu certo, ele sentiu a ausência de casa e de pessoas e latiu boa parte da noite, de madrugada sossegou e dormiu, quero dizer, acho que ele dormiu, afinal eu consegui dormir e não ouvi mais nada, e olha que tenho sono leve. No outro dia alguns vizinhos reclamaram dos latidos dele e mudamos de tática na segunda noite, a Belle dormiu na sala e ele ficou na caminha dele ao lado dela, não latiu e dormiu a noite toda, de manhã cedo acordei e fui ver como ele estava e o ingrato rosnou para mim, logo eu que defendi a permanência dele aqui, ahahahah.
Na sexta cedo, pânico. Ele fugiu, sumiu de casa, possivelmente quando o Maurício saiu para ir pro colégio ele aproveitou e, sorrateiramente, se mandou. Os guardas da guarita do prédio disseram que ele foi visto rumando para o condomínio ao lado do nosso onde ele mora, bobo ele não é e tratou de voltar para casa, longe dessa família esquisita que hospedou ele, ou seja: nós, ahahaha. Madame fez uma busca e encontrou o fujão que havia sido capturado pela síndica do condomínio vizinho que reconheceu ele e estranhou ele estar andando sozinho na calçada interna do prédio. Ufa! Ainda bem, que cara teríamos para informar à amiguinha da Belle que o cãozinho dela fugiu? E se ele fosse tentar atravessar a avenida movimentada que temos em frente de casa? Certamente seria atropelado, pois é inexperiente, nunca saí à rua. E como diríamos à Belle que o cãozinho que ela tanto gosta fugiu? Sumiu? Minha sexta começou angustiada e aflita, felizmente o fujão antes das 9 horas da manhã já estava de volta para a nossa casa, mas passei o resto do dia me sentindo cansado pela função da manhã.
Nossa rotina familiar mudou um pouco com o Jack, eu tenho que olhar onde ando porque ele é pequeno e posso a qualquer momento pisar nele sem querer, a casa ficou mais agitada, a todo momento quando alguém sai de casa diz:
-Segura o Jack que eu vou sair!
Nos disseram que ele costuma fazer xixi apenas em jornal, só que na sala de casa tem uma grande coluna que ele vê como um delicioso e irresistível poste e sempre que passa por ali, carimba, então colocamos os jornais ao redor e no chão junto à coluna para que não precisemos a toda hora secar o pé da coluna, quero ver se ao voltar para casa ele resolve levar junto o hábito que desenvolveu aqui, ahahaha.
Hoje à noite ele volta para a casa dele com a vó da menina, na segunda ele retorna prá cá até a dona voltar de férias.
Se houver mais alguma agitação fora do previsto envolvendo o Jack escrevo novo post.
Espero que não. Ahahahah.

domingo, 13 de julho de 2008

No País Das Maravilhas.

As notícias da TV e dos jornais dão conta de quadrilhas que foram presas, criminosos que, usando dinheiro que não é seu, geralmente público, traficam influência, compram amigos, enviam a grana para o exterior e alteram a realidade à sua volta para lhes favorecer, adquirir bens, tornarem-se ricos.
A quantidade de notícias envolvendo ricos e poderosos que subiram na vida cometendo crimes é tanta que pode nos passar a idéia de que só agindo fora da lei é que se pode enriquecer, adquirir bens, viver uma vida boa. Não é assim, ou não deveria ser assim. É possível enriquecer sem cometer crimes, é mais difícil, dá mais trabalho, só não é possível que vivamos com a idéia ilusória de que para enriquecer basta roubar aqui e ali, comprar o silêncio de alguns e corromper outros que se enriquece, simples assim.
Precisamos de notícias de pessoas de bem, que trabalham, pagam impostos e vencem na vida com sacrifício e honestidade. Pena que isso não é notícia e a cada dia é mais história de ficção.
Quero fechar o jornal e abrir um livro, antes que eu perca toda a esperança que tenho no país e na sociedade brasileira.

Uma Semana De Resfriado.

Completo uma semana de um resfriado daqueles históricos, desde domingo passado tudo está trancado, congestionado, entupido, parece trânsito às 18h em dia de chuva: obstruído, molhado, barulhento, chato.
Perdi o olfato e ainda não o achei, ainda bem que meu paladar está preservado, apesar de meio prejudicado. Durante a semana foi pior, espirros, e cheguei dar mais que dois espirros seguidos o que é inédito e preocupante, tosse constante que chegou a me deixar com dor muscular nas costas e abdômem de tanto tossir e até dor no olho direito fiquei de tão entupido que estava.
Agora está saindo tudo de ruim e nojento por todos os orifícios, aos poucos me recupero, foram sete dias de "invferno" gripal.
Saúde!

Eu... Ãh... Um...Tipo... Assim... Sabe?

No meu trabalho atendo pessoas diariamente, me chama a atenção a quantidade delas que não sabem se expressar, me procuram, precisam resolver um problema e não conseguem expressá-lo para que eu possa ajudar.
Na semana que passou um se dirigiu à mim dizendo que havia tentato explicar o seu problema a outras duas pessoas de outros locais e ninguém havia entendido o seu problema. Gelei. Na hora lembrei de Nelson Rodrigues que disse: "Quando alguém fala e o outro não entende um dos dois é burro". Não cheguei a pensar nesse extremo, mas logo vi que teria dificuldade em arrancar alguma informação útil do cidadão que estava à minha frente, por fim não foi difícil, fiz duas ou três perguntas certas para evitar que o cara tentasse pensar por si e já havia descoberto o seu problema, não lembro se resolvi, mas esse caso reforçou meu assombro com a dificuldade que as pessoas de um modo geral têm de se expressar e se fazer entender, e olha que a própria vida no ensina a nos entender e a entendê-la, porém há pessoas que insistem em não enxergar isso, em não aprender o óbvio.
Talvez para essas pessoas a vida seja ainda mais complexa do que ela é por natrureza.