sábado, 24 de abril de 2010

Estranho.

Na infância e adolescência eu convivia com um sentimento que me assolava de vez em quando de que eu era diferente e que toda a população do planeta estava sabendo de algo e me escondia. Eu experimentava com frequência este sentimento de exclusão. Era difuso, não havia um motivo por detrás, eu não sabia sobre o que me escondiam, porém eu me sentia excluído e inferiorizado em relação aos demais, me incomodava com essa situação, ainda bem que era transitória. Esta semana me senti assim, de novo, após anos.
Eu não sei o quê me fez sentir assim, porém era um sentimento ligeiramente diferente do da infância e adolescência, era como se eu, agora, soubesse todas as verdades do mundo e, mesmo assim, todos as pessoas as escondiam de mim.
Eu sou tão estranho.

domingo, 11 de abril de 2010

Chatleta.

Eu me relaciono com facilidade com diversos tipos de pessoas, mas como muitos, tenho dificuldade com os chatos, sejam eles de carteirinha ou os que são como esporte.
Encontro muito chatos de oportunidade, são pessoas legais na sua essência que, aparentemente, não tem do que reclamar, sua vida é boa, não falta dinheiro, tem saúde, amigos, família legal, relações familiares tranquilas, todos com saúde, casa própria, um carrinho na garagem, mesmo assim passam o dia reclamando e enchendo os tubos meus e de quem estiver à volta. Tudo é motivo de reclamação: o clima, o engarrafamento, o filme da TV, o time que ganha, mas não convence, a comida que nunca está ao seu gosto. Parece que nada serve e nada satisfaz ao infeliz que ainda tenta, com prazer sádico, estragar o dia de quem estiver à volta.
Fuja desde esportista fajuto. A vida tem que ser vivida e aproveitada, ela é difícil por si só, ainda mais com seres assim à volta.
Não se sinta chato em mandar o chato se exercitar em outra praça esportiva, ele vai reclamar, mesmo.